Tratamentos

01.

Depressão

A depressão, na perspectiva psicanalítica, é compreendida como uma expressão profunda de perda, falta e sofrimento psíquico. Mais do que tristeza, envolve um esvaziamento interno e uma dificuldade de investir energia na vida e nas relações. Muitas vezes, está ligada a dores não elaboradas, culpas inconscientes ou experiências de desamparo. O tratamento psicanalítico busca compreender o sentido desse sofrimento, permitindo que o paciente possa nomear o que antes era apenas dor silenciosa. Ao ser escutado e acolhido, ele reencontra, pouco a pouco, o vínculo com sua própria vitalidade e capacidade de desejar.

02.

Síndrome do pânico e Crises de ansiedade

A síndrome do pânico é um transtorno caracterizado por crises súbitas e intensas de medo, acompanhadas de sensação de morte iminente ou perda de controle. Já a crise de ansiedade é uma manifestação mais breve, geralmente ligada a situações específicas de estresse ou preocupação. Na visão psicanalítica, tanto o pânico quanto a ansiedade são expressões de conflitos inconscientes que o sujeito não consegue simbolizar. O tratamento busca compreender o sentido dessas crises, ajudando o paciente a reconhecer e elaborar as angústias que se manifestam de forma tão intensa. Ao falar livremente e ser escutado com atenção, o indivíduo pode transformar o pavor em autoconhecimento e fortalecimento psíquico.

03.

Dificuldade nos relacionamentos

Na psicanálise, as dificuldades nos relacionamentos são vistas como repetições de padrões emocionais e inconscientes formados nas primeiras experiências de vínculo. Muitas vezes, o sujeito busca no outro algo que faltou ou tenta reparar antigas feridas afetivas sem perceber. Esses movimentos podem gerar conflitos, afastamentos e frustrações. O tratamento psicanalítico oferece um espaço para compreender como essas repetições se manifestam e de onde vêm. Ao reconhecer seus modos de se relacionar e as emoções envolvidas, o paciente pode construir vínculos mais livres, maduros e autênticos.

04.

Angústia

Na psicanálise, a angústia é compreendida como uma experiência emocional fundamental, que surge quando o sujeito se depara com algo desconhecido em si mesmo ou com a ameaça de perder um vínculo essencial. Diferente do medo, que tem um objeto definido, a angústia é sem nome e sem forma — ela aponta para um vazio interno, uma falta que o psiquismo tenta compreender. O tratamento psicanalítico não busca eliminar a angústia, mas escutá-la e decifrar o que ela quer dizer. Ao dar lugar a essa experiência, o paciente pode transformar o sofrimento em possibilidade de crescimento e em um modo mais verdadeiro de se relacionar consigo e com o mundo.

05.

Fobias

A fobia, na visão psicanalítica, é uma forma de o psiquismo lidar com uma angústia interna intensa, deslocando-a para um objeto ou situação específica. O medo, então, é projetado para fora — como se o perigo estivesse no mundo externo, e não dentro do sujeito. Esse mecanismo de defesa protege o indivíduo de um conflito inconsciente mais profundo, mas também o aprisiona em evitamentos e limitações. O tratamento psicanalítico busca compreender o sentido simbólico da fobia, ajudando o paciente a entrar em contato com o que esse medo encobre. Assim, o que antes era apenas pavor pode se transformar em compreensão e liberdade psíquica.

06.

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), na visão psicanalítica, é entendido como a tentativa do psiquismo de controlar uma angústia interna intensa por meio de pensamentos e rituais repetitivos. As obsessões e compulsões funcionam como defesas contra impulsos, desejos ou sentimentos inconscientes que o sujeito teme não conseguir conter. Embora tragam alívio momentâneo, acabam aprisionando a pessoa em um ciclo de controle e culpa. O tratamento psicanalítico busca compreender o significado dessas repetições, ajudando o paciente a entrar em contato com os conflitos que elas encobrem. Ao dar sentido ao que antes era apenas sintoma, abre-se espaço para maior liberdade e autenticidade.